Avaliação profunda do Face de Cláudio Teran!
Permita, já permitindo, Teran, reproduzir aqui.
E SE O DISTRITÃO VINGAR?
Se o sistema do "Distritão" estivesse em vigor desde
2014, 45 deputados não federais atuais teriam ficado de
fora. No máximo seriam suplentes.
Ou seja, quase 10% dos atuais congressistas.
O PMDB e o PSD seriam os principais beneficiados.
Cada um teria 6 deputados a mais. O PT teria 3
vagas extras. PP e PSDB continuariam iguais.
O PR perderia dois deputados.
COMO É O DISTRITÃO?
Ele iguala a disputa dos deputados à dos senadores:
os mais votados no Estado são eleitos, independente
do partido ao qual pertençam.
PONTOS POSITIVOS
Acaba com o "efeito Tiririca", em que um nome bem
votado elege outros, de pouca relevância devido à
'sobra' de votos no quociente eleitoral.
O defensores dizem que o Distritão reduz o número
de candidatos e o custo da campanha.
E então justificaria a implantação do financiamento
público das disputas políticas.
O sistema reduziria o número de partidos.
Ao eleger os mais votados haveria maior
representatividade popular.
COMO É HOJE?
Na eleição "proporcional" os votos de cada coligação
de partidos são somados e divididos por um número,
chamado quociente eleitoral.
O resultado determina o número de cadeiras que a
coligação terá. Assim, um candidato com poucos votos
dentro de uma coligação forte pode acabar eleito.
EXEMPLOS LOCAIS
O deputado ProfessorTeodoro Soares, falecido no
ano passado, obteve 41 mil votos e não foi eleito
em 2014. O deputado Ferreira Aragão, com 27 mil
votos foi eleito. Teodoro superou nove deputados
atuais, mas não obteve quociente eleitoral
suficiente para ser titular de mandato.
Em 2010 o hoje dep. estadual Renato Roseno
obteve mais de 100 mil votos, superando vários
eleitos entre os 22 da nossa bancada federal.
Ficou de fora porque o PSOL não atingiu o
quociente necessário para elegê-lo.
EXEMPLO NACIONAL
O jornalista esportivo Jorge Kajuru, com os 106,2
mil votos que obteve como candidato pelo PRP de
Goiás teria sido eleito com o Distritão. Em 2014
não conseguiu ser nem suplente.
PONTOS NEGATIVOS
O cientista político Cláudio Couto, da Fundação
Getúlio Vargas (SP) desconfia do Distritão:
"A competição ficará mais acirrada e os gastos
terão de crescer para enfrentar a disputa", diz ele,
ao rebater a tese de quem defende.
O "Distritão" é usado em poucos países. Hoje, só
adotam este método o Afeganistão; o Kuwaitt; os
Emirados Árabes Unidos e Vanuatu (se isso é um
país muito prazer eu nunca ouvi falar).
Em nenhum dos citados há democracia.
Também tem Distritão nas remotas, Ilhas Pitcairn
(um território britânico no Pacífico).
O Distritão 'desperdíça votos', pois votos dados
a candidatos não eleitos deixam de influenciar o
resultado, como estamos acostumados.
O sistema tende a beneficiar os atuais ocupantes
de mandatos, dificultando a renovação...
FOTO
Câmara dos Deputados (02.08.2017)
by Pedro Ladeira/Folhpress
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