Existe um velho enigma chinês que se trata de um jovem que está
voltando para casa. Ele mora na Vila da Verdade, onde todas as pessoas
dizem sempre a verdade. Obviamente, existe uma vila vizinha chamada Vila
da Mentira, onde todas as pessoas sempre estão dizendo mentiras. O
jovem retorna, após uma longa viagem, e se depara com uma bifurcação.
Ele não se lembrava qual dela levava para sua vila, a Vila da Verdade.
Então, ele vê um homem parado, entre a bifurcação, e ele decide falar
com ele.
O homem diz: “Eu sou o guardião das duas vilas”. O rapaz responde:
“Eu quero saber qual o caminho que leva para a Vila da Verdade”. O homem
responde: “Eu poderia dizer-te, mas aviso-te. Todos os viajantes tem
direito a apenas uma pergunta e nada mais. Talvez eu diga somente a
verdade, mas também posso nunca dizer a realidade. “. O rapaz se prepara
para perguntar, mas ele percebe uma coisa: Aquele era o guardião das
duas vilas. Então, ele deve somente dizer a verdade ou somente mentir.
Como saber?”. O rapaz pensa, pensa e ele decide qual pergunta fazer. Ele
diz: “Em que direção fica sua vila!”. Ele aponta para esquerda. O rapaz
toma essa direção sem hesitar. Se ele fosse da Vila da Verdade, estaria
apontando para Vila da Verdade, mas se fosse da Vila da Mentira,
estaria apontando para Vila da Verdade, pois sempre mentia. O rapaz
chega então a Vila da Verdade.
O tempo passa e dois viajantes estão retornando para Vila da Verdade.
Eles se deparam com aquela mesma bifurcação, mas dessa vez há dois
guardiões. Eles dizem: “Todos os viajantes tem direito a uma única
pergunta e nada mais. Ambos responderemos! Um de nós sempre diz a
verdade. O outro nunca diz a realidade”. Um deles, lembra-se que certa
vez um viajante passou por essa situação e ele diz: “Qual a sua vila?”.
Ele aponta para o guardião da direita. Ambos apontam para esquerda. O
viajante se prepara para tomar esse caminho, mas o outro o impede. “Se
um deles sempre diz a verdade e o outro sempre diz mentiras, então é
impossível saber qual o caminho certo. Se ele diz a verdade, o outro não
poderia apontar para o mesmo lugar, pois estaria dizendo a verdade, mas
ele somente pode mentir. Somente poderiam apontar para mesma direção se
ambos mentissem. Se ambos apontassem para direções opostas, não
saberiamos qual caminho era o certo sem saber qual diz a verdade e qual
mente”. O dilema era terrível. Não era como a situação mostrada
anteriormente.
Então os dois viajantes tomaram um caminho aleartório. Escolher um
caminho aleartório era mais confiável que ser guiado por eles, mas
igualmente perigoso. Se eles apontassem para mesma direção e eles
tomassem a restante, seria tão perigoso quanto a outra, pois poderia ser
mais um truque da charada. Enfim, não há verdades absolutas quando a
lógica se equipara a sorte. Decisões aleartórias são mais confiáveis do
que ilógica paradoxal. Talvez o que eu esteja dizendo não faça sentido.
Não concorde, nem discorde, muito pelo contrário.
Bignadaquasar, onde nada é cósmico e nada é um dilema.
Por Akanadin.
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