Cid Gomes fica no PSB; aliados devem ir para o PROS

19 de Setembro de 2013 às 19:23
Anderson Pires

Ao contrário de Cid Gomes, que, mesmo criticando, acabou aceitando a saída do Partido Socialista Brasileiro (PSB) da base aliada do Governo Federal, parlamentares cearenses filiados ao PSB, que não concordam com o novo perfil adotado pela agremiação, já buscam por outra estratégia de atuação política.

A proposta, articulada pelo próprio Cid, é a de mudança para o Partido Republicano da Ordem Nacional (PROS), legenda que aguarda apenas a liberação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para abrir espaço aos descontentes.

"Os deputados do Ceará que têm mais afinidade com a Dilma, e são os meus amigos, o caminho mais recomendado é o PROS", afirmou o governador.

Entre os que estariam dispostos em assumir a nova bandeira estão os deputados Ariosto Holanda, Domingos Neto, Antônio Balhmann e Edson Silva, todos ligados aos irmãos Ferreira Gomes.

EM SÃO PAULO
Em entrevista concedida nesta quinta-feira (19) à Rádio Estadão, o governador de Cid Gomes criticou novamente a decisão da executiva nacional do PSB, mas deixou claro que aceitou a definição do partido em sair a base de apoio do governo Dilma Rousseff.

Quando perguntado sobre uma possível candidatura dele nas próximas eleições, Cid declarou, mais uma vez, que pretende se ausentar da conjuntura política nacional com o fim de sua gestão no governo do Ceará, indo morar nos Estados Unidos, como fez quando deixou a Prefeitura de Sobral/CE, onde deverá atuar junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Sobre o abandono dos cargos, Cid confirmou que Leônidas Cristino irá apresentar-se à Dilma Rousseff para por o cargo de comando na Secretaria Nacional dos Portos à disposição. No entanto, o governador fez uma espécie de suspense sobre se a possibilidade da presidenta não aceitar a saída do cearense da gestão.