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sábado, 12 de outubro de 2013

Os desafios com a seca no Ceará": Aos 90 anos, o agricultor e agropecuarista, Sr. Luis Alberto plantou 1 hectare de "Mandacaru sem Espinhos" em Ipu.


Do Sítio Barrinha em Ipu para o Mundo. Aos 90 anos de idade, o agricultor e agropecuarista de Ipu, Sr. Luis Alberto Fontenele Saboia alavancou mais um grande desafio em seu sítio "Barrinha", desta feita, a plantação de 1 hectare de Mandacaru sem Espinhos, foram vários meses estudando uma maneira de suprir as necessidades de seu sítio com a estiagem que hora se alastra em todo o Estado do Ceará. A priori, ele pensou em planta "Palma", uma planta de teor de proteína acima de 4,2 a 6,4%, ao passar dos dias, foi amadurecendo a idéia que o Mandacaru em Espinhos apresenta o teor proteico bem acima da palma, na ordem de 10,2% acima dos teores necessários para o gado de corte e, crescimento e engorda. O Portal de Notícias Aconteceu Ipu na pessoa de Afrânio Soares conversou com o Sr. Luis Alberto, segundo ele, apesar de todos os avanços dos técnicos nos estudos de novas soluções para o convívio da seca e alimentação do gato, a sua intuição vai mais além e está desafiando aqueles que não acreditam em soluções a curto prazo com a plantação do mandacaru.

Recentemente o Jornal Diário do Nordeste publicou em suas páginas líricas uma notícia de extrema importância para os agricultores cearense, segundo o jornal, a Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE), desenvolveu uma espécie de mandacaru sem espinhos, de fácil manejo, que já foi plantada em propriedades na Paraíba. Aqui no Ceará, a Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio do Centro de Zootecnia, desenvolve projetos numa reserva de 246 hectares em Tauá, com o mandacaru tradicional, utilizando também algumas mudas da espécie sem espinhos, além do xiquexique (Polosocerela polygonus) e do facheiro (Pilosocereus pachycladus). Por estas características de resistência às altas temperaturas e às chuvas irregulares da região, é que o técnico Nilton de Brito Cavalcante, da Embrapa Semiárido, recomenda aos agricultores o cultivo do mandacaru nas suas propriedades, a exemplo do que fazem com a palma, os capins ou o milho. Há dez anos, ele avalia o plantio de mandacaru em uma área experimental do centro de pesquisa. Para ele, os resultados são "animadores", a começar pela produção. As técnicas simples para o plantio e manejo do mandacaru favorecem a implantação dos cultivos nas propriedades do Semiárido. Segundo Nilton, em 1 hectare de caatinga, no espaçamento de 1 m para 1 m, é possível cultivar cerca de 10 mil plantas e colher aproximadamente 78 t de matéria verde por ano. Uma novidade no trabalho do pesquisador são os testes em áreas de agricultores com variedades de mandacaru sem espinho no sertão. Estes materiais são originários de zonas próximas ao litoral do Ceará e Rio Grande do Norte. Na área, apresenta altura que varia de 3,5 a 5.5 metros, com copa bastante desenvolvida aos três anos. Nos plantios instalados nos sertões da Paraíba e Pernambuco, o crescimento verificado é menor, em função da quantidade inferior de chuvas.
Todavia, apresenta a vantagem de não ter espinhos, o que facilita o seu manejo e utilização na alimentação dos animais na seca. Conforme Nilton, ainda no primeiro ano de plantio, com espaçamento de 1m x 1,5 m - o que equivale a mais de 6.660 plantas/ha, o agricultor consegue colher cerca de 30 t/ha com o corte dos brotos que nascem no período. Convertida para massa seca, que é a medida de referência para indicar o impacto sobre o ganho de peso dos animais, essa quantidade equivale a 5,1 toneladas/ha. No décimo ano do plantio, a produção pode alcançar 285,17 ton/ha de massa verde e 48,47 ton/ha de matéria seca. "Trata-se de volume de alimento muito bom, que fica disponível para ser ofertado aos animais quando a seca alcança o seu pico de maior intensidade na região, garante Nilton de Brito. Segundo ele, trata-se de planta excelente para o pecuarista formar uma reserva forrageira estratégica na sua propriedade. No Semiárido, de maneira geral, este papel cabe a outra cactácea já muito difundida que é a palma (Opuntia cochenillifera). Porém, o mandacaru tem mais vantagens: possui maior teor de proteína, resiste melhor à falta de chuvas e o primeiro corte acontece no primeiro ano. O plantio em áreas cercadas é uma alternativa de exploração e que aumenta a capacidade de suporte das propriedades. Além disso, é um modo de substituir o extrativismo da espécie durante a estiagem, por um aproveitamento sustentável da espécie. [Fonte de pesquisa DN]. Desde já o Portal de Notícias Aconteceu Ipu agradece ao Sr. Luis Alberto pela confiança na divulgação de nosso trabalho em prol da notícia de Ipu para o mundo virtual da internet. 

FONTE  MATÉRIADE AFRÂNIO SOARES,ACONTECEU IPU

 

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