Márcio Dornelles
O governador Cid Gomes quer evitar o estreitamento da disputa ao Governo do Estado. O baralho está na mão, as melhores cartas separadas, mas o crupiê, responsável por embaralhar e distribuir os valetes, as damas e os reis, ainda está longe de chegar. A comparação a um jogo de cartas foi estabelecida pelo próprio governador cearense na manhã dessa sexta-feira (10), em entrevista a um grupo de jornalistas. Cid quer esperar a aproximação das convenções partidárias para uma definição mais clara sobre a briga pelo Palácio da Abolição.
"Quando for mais pra frente, maio, junho, eu começarei a me dedicar sobre isso. Minha primeira preocupação: manter a aliança. Eu faço parte de um projeto, acredito no projeto e quero preservar esse projeto. Isso se faz preservando o arco de alianças, que é um arco grande", disse, em referência ao desejo do senador Eunício Oliveira de sucedê-lo no Governo. Cid afirma ser natural o interesse de todos os partidos por uma candidatura majoritária. Citou o projeto do PT, com José Guimarães, e do PCdoB, com Inácio Arruda pela vaga ao Senado.
O governador cearense considerou legítimo o interesse do presidente nacional do Pros, Eurípedes Júnior, no Abolição. "A gente tem que sentar à mesa, todos os partidos apresentam as suas pretensões (...). A princípio, ninguém abre mão", avisou. Para fechar, mandou um recado sobre as cartas que só serão desviradas no período estabelecido pela Legislação Eleitoral. "No fundo, política é uma correlação de forças. Como num jogo de pôquer. Se você blefar, quem tem as cartas mais altas é que leva no final. Vamos fazer essa rodada no tempo certo", soltou.
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