JONAL DA IBIAPABA VERDADEIRAMENTE IMPARCIAL

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segunda-feira, 19 de maio de 2014

HELICÓPTERO QUE CAIU EM SÃO BENEDITO CAI DENOVO




Não foi a primeira vez que o helicóptero PT-HTQ caiu no Ceará. No dia 28/12/2002, a aeronave foi ao chão quando sobrevoava o município de São Benedito. A máquina, modelo Bell 206L/3 Jet Ranger, se despedaçou e, por sorte, nenhum dos três passageiros nem a piloto sofreram traumas graves no acidente. O POVO teve acesso a 12 imagens que mostram a destruição de partes do helicóptero PT-HTQ após a queda. Alguns desses registros foram feitos pelo agrônomo Ricardo Sabadia, então coordenador de Agropolos do Instituto Agropolos do Ceará. Segundo as memórias de Ricardo Sabadia, o helicóptero havia sido contratado pelo governo do Ceará para um sobrevoo nas plantações de flores da Serra Grande. A bordo, estavam Vicente Fialho, ex-prefeito de Fortaleza; seu genro Adriano Barbosa; e Alex Araújo, que meses depois seria secretário das Cidades no governo Lúcio Alcântara. Já em São Benedito, conta Ricardo Sabadia, o PT-HTQ sofreu uma pane e a piloto, antes do choque da aeronave contra o solo, desligou a parte elétrica da aeronave. A estratégia reduziria o risco de um curto-circuito, a possibilidade de incêndio, explosão e mortes. Deu certo, mas a máquina ficou em pedaços. Na queda, o helicóptero enganchou o trem de pouso em algumas árvores, tombou e caiu em posição lateral. A hélice de cima da aeronave, cabine e a cauda, lembra Sabadia, ficaram destruídas. O PT-HTQ pertencia, na época do acidente em São Benedito, à Prática Táxi Aéreo. Empresa que, segundo informações do então Departamento de Aviação (DAC) e matérias jornalísticas, foi responsável por três acidentes com helicópteros no Ceará. Entre 2002 e 2003 (leia quadro). No site da Agência Nacional de Aviação (Anac), a única empresa com esse nome teve a autorização de funcionamento “revogada” em 13/1/2009. Decisão publicada no Diário Oficial do Governo Federal em 14/1/2009.

Sem relatório

O POVO entrou em contato, por telefone e e-mail, com o Centro de Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) do Comando da Aeronáutica. Pediu acesso à conclusão do relatório final sobre o acidente envolvendo o PT-HTQ, em 2002, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta. No site do Cenipa há relatórios de 2007 pra cá. Em Fortaleza, procuramos a Nordeste Táxi Aéreo, pois os destroços do helicóptero foram levados para lá após o acidente no último dia 3/5. Em resposta a um primeiro e-mail, Fabrícia Cobra, diretora de Segurança Operacional da empresa, informou que “a aeronave de prefixo PT-HTQ não pertence à Nordeste Táxi Aéreo nem é operada pela mesma”. Fabrícia Cobra escreveu ainda que “demais informações sobre essa aeronave e sobre o acidente não tenho autorização do proprietário para prestar ao senhor. O órgão de investigação (Cenipa) já apurou os fatos. Qualquer outra informação será mera especulação. Espero que o nome da minha empresa não seja mais citado neste caso”. O POVO também procurou a Nordeste porque, em seu site, o PT-HTQ era apresentado como uma das seis “aeronaves” táxi aéreo da empresa. Questionada por e-mail sobre isso, não houve resposta. No dia seguinte ao questionamento, as fotos e as informações foram retiradas do ar. Antes, o jornal fez uma cópia.

Pane de comando

O jornal entrou em contato ainda com Luís Tadeu Monteiro, que deu entrevista ao jornal no dia do acidente e se apresentou como filho do dono do PT-HTQ. Foram quatro ligações, em dias alternados, para o celular dele. E seis perguntas enviadas, no último dia 9/5, por SMS. Não houve retorno. Em conversa por telefone, o piloto Arcelino Matos Brito, 60, disse que não queria falar sobre o assunto. Arcelino teria conseguido pilotar o helicóptero apenas com os pés, pois perdera o controle manual após uma pane de comando.

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