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quarta-feira, 25 de junho de 2014

SARAMPO NO CEARÁ: 52 casos confirmados em dois meses

a sexta-feira (27), o Estado realiza o Dia D da vacinação em 158 municípios. A campanha segue até 18 de julho

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De acordo com o infectologista Anastácio Queiroz, o principal desafio é aumentar a adesão à imunização. Fortaleza conta com o maior número de casos do Ceará: 123. O Município tinha 110 pessoas doentes em abril
FOTO: ÉRIKA FONSECA
Em dois meses, foram confirmados 52 casos de sarampo no Ceará. O último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), do dia 20 de junho de 2014, registrou 191 ocorrências, enquanto no levantamento divulgado em 25 de abril deste ano, 138 pessoas estavam com a doença.
Fortaleza conta com o maior número de casos - 123. O município tinha 110 pessoas doentes em abril. Uruburetama está em segundo com 52 registros. Em abril, eram 15. Apesar de a quantidade de casos ter crescido, não houve nenhum óbito no Estado. E o controle está se dando por meio da cobertura vacinal realizada pela Sesa, conforme destaca o infectologista Anastácio Queiroz.
O médico explica que os registros confirmados estão ressurgindo. Ele lembra que a maioria dos registros ocorreu nas quatro primeiras semanas de surgimento da doença no Ceará, em dezembro de 2013. "Em 18 semanas após o período crítico foram confirmadas menos ocorrências do que nessas primeiras semanas", destaca. No entanto, o momento é de alerta porque a doença não foi embora. "Qualquer caso deve preocupar e precisamos investir na imunização. Todas as lacunas devem ser preenchidas".
O maior desafio é aumentar a adesão à imunização, como revela Queiroz. O especialista justifica que a vacina é efetiva e a proteção é para a vida toda quando da finalização do esquema vacinal completo.
Para imunizar quem ainda não foi e cumprir a meta de 95% da população de seis meses a menores de 5 anos, o Estado vai realizar, na próxima sexta-feira (27), o Dia D de vacinação contra o sarampo em 158 municípios. São as cidades que ainda não participaram da primeira campanha realizada em janeiro deste ano.
A vacinação com a aplicação da tríplice viral, que protege também contra rubéola e caxumba, segue até o dia 18 de julho.
Segundo o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Márcio Garcia, a situação é mesmo de alerta, embora já tenha passado o surto, sobretudo em Fortaleza, que foi onde a doença começou a se instalar.
Ele aponta a imunização como uma medida preventiva mais eficaz e o investimento em vacina como dos mais importantes. "A preocupação agora é com os municípios que ainda não tiveram campanha para evitar que novos casos surjam nesses lugares. Estamos trabalhando em Sobral para impedir que o sarampo se instale", comenta.
Os 26 municípios, incluindo Fortaleza, que já realizaram campanha de vacinação contra o sarampo imunizaram 97,83% das 296.916 crianças menores de 5 anos, com aplicação de 290.477 doses, ou seja, acima da meta preconizada pelo Ministério da Saúde.
A campanha de imunização ocorreu neste ano nos municípios de Aquiraz, Beberibe, Cascavel, Chorozinho, Eusébio, Fortaleza, Horizonte, Itaitinga, Pacajus, Pindoretama, Caucaia, São Gonçalo do Amarante, Guaiúba, Maracanaú, Maranguape, Pacatuba, Amontada, Itapipoca, Miraíma, Trairi, Tururu, Umirim, Uruburetama, Aracati, Jaguaribe e Camocim.
Ocorrências
Os primeiros casos chegaram ao Ceará via Pernambuco em 2013, após 14 anos de sem ocorrências. O Brasil está em processo de erradicação da doença.
Há evidências de interrupção desde 2000 da transmissão autóctone (ocorrida dentro do próprio território) do vírus do sarampo, mas o Ministério da Saúde confirmou vários casos importados entre 2001 e 2013. O sarampo foi se espalhando por meio do contato entre os portadores do vírus e as pessoas sem o bloqueio vacinal completo, de acordo com explicações do coordenador da Sesa, Márcio Garcia.
A tríplice viral está disponível para o público nos postos de saúde nas cidades do Ceará durante todo o ano.
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância.
Lina Moscoso
Repórter

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