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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Como o buraco gigante na Sibéria, Rússia, pode ter se formado

Para relembrar: o buraco chamou a atenção na internet na semana passada, depois que foi postado um vídeo incrível gravado em helicóptero mostrando um “furo” gigantesco na superfície, com pedras e terra ao redor. Estima-se que ele tenha 80 m de diâmetro e 60 m de profundidade.

O que ele não é

Desde que o buraco foi descoberto, surgiram mais informações sobre ele – suficientes para riscar algumas teorias da lista.
Meteorito: “Nós podemos definitivamente dizer que não é um meteorito”, disse ao Siberian Times um porta-voz da delegação regional do Ministério de Emergências russo. Se você não acreditar, basta dar uma olhada nestas crateras realmente criadas por meteoros: elas são largas e pouco profundas, ao contrário do buraco. Também é bastante improvável que um meteorito desse tamanho iria cair na terra e passar despercebido por equipamentos sísmicos.
Ravina ou voçoroca: são buracos que se formam quando a água remove uma camada subterrânea do solo – em geral algo solúvel, como calcário ou mantos de sal. Vimos isso acontecerem 2010 na Guatemala e em 2013 na China, mas não é algo que aconteceria no solo congelado da Sibéria. Além disso, parece que a terra se levantou nas bordas do buraco, o que você não veria em uma ravina.
Aliens: poxa, gente…

O que poderia ser

Este buraco pode ser o resultado de fenômenos geológicos naturais típicos da região de Yamal. A prova visual talvez seja a foto abaixo:
yamal peninsula siberia
Abra a visão de satélite no Google Maps, e você verá que a região é marcada por diversos buracos, tanto grandes quanto pequenos.
O solo é composto por terra, gelo e rochas congeladas, uma combinação chamada pergelissolo (ou permafrost) e geralmente encontrada no Ártico. Mas o aquecimento global acelerou o derretimento desse solo; e a região abriga uma das maiores reservas mundiais de gás natural do mundo.
Ou seja, a melhor explicação para este buraco é uma combinação de gelo derretido, gás e aquecimento global, com um pouco de geologia estranha. Duas teorias tentam explicar isso:
Fuga de gás: à medida que o gelo derrete, bolsões de gás escapam violentamente, semelhante ao “estouro de uma garrafa de champanhe” – e nem sempre há explosões ou fogo. Anna Kurchatova, do Centro de Pesquisa Científica no Sub-Ártico, explicou ao Siberian Times como isso funciona: os cientistas não conseguiram encontrar qualquer evidência de danos térmicos para sugerir que o gás tinha explodido. A simples pressão de escape do gás seria suficiente para criar o buraco.
Colapso de pingo: a região abriga formações geológicas, chamadas de pingos ou hidrolacólitos, que são basicamente gelo coberto por terra. À medida que o gelo derrete, o pingo colapsa sobre si mesmo e deixa uma cratera. O buraco “é, obviamente, uma versão muito extrema disso”, diz Chris Fogwill, da Universidade de Nova Gales do Sul, ao Sydney Morning Herald. Fogwill também diz ser possível que o gás natural tenha contribuído com a formação do buraco.
De um jeito ou de outro, cientistas russos estão estudando o buraco agora mesmo. Entramos em contato com a equipe e traremos informações adicionais – especialmente se forem aliens…
Foto por Siberia Times

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