Suspeito, de 19 anos, é apontado como autor do crime, quando matou e jogou a cabeça de desafeto dentro da UFC
A Divisão de homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) capturou o autor do primeiro homicídio do ano de 2014 em Fortaleza. Na ocasião, ao celebrar o Réveillon, o suspeito matou um desafeto e jogou a cabeça da vítima dentro do campus da Universidade Federal do Ceará (UFC), no bairro Planalto Pici.
O diretor adjunto da DHPP, delegado Ricardo Romagnoli, apresentou, ontem, resultado de operações que foram desencadeadas nos últimos dias pelos agentes da Divisão.
Quatro homens foram presos por força de mandado de prisão preventiva. Dentre eles, o jovem Luan Fialho, de 19 anos, investigado como o autor do primeiro homicídio do ano de 2014 em Fortaleza. Luan também responde pela prática de roubo.
De acordo com o delegado, na comemoração da virada do ano, Luan teria tido um desentendimento com a vítima Francisco José Ferreira, com 20 anos à época. Em certo momento da madrugada, Luan efetuou três tiros contra Francisco, sendo um nas costas, um na virilha e outro na cabeça. À época, o perito Pedro Amaro, da Perícia Forense do Ceará (Pefoce), que esteve no local do crime, disse que o instrumento utilizado para decepar a cabeça de Ferreira teria sido, provavelmente, uma faca.
Após o crime, o corpo ficou estendido na rua Uruguaiana, no bairro Pan-Americano, e a cabeça foi arremessada dentro do campus da UFC. Francisco não tinha passagens pela Polícia.
Crimes antigos
Além do primeiro homicídio do ano, a DHPP apresentou outros três suspeitos de crimes de morte cometidos nos anos de 2011, 2012 e 2013.
Robson da Silva Nunes, 21, conhecido como 'Luquinha', é suspeito de ter executado Alysson da Silva Costa e responderá pelo homicídio, de acordo com o diretor adjunto da DHPP. O caso ocorreu em novembro de 2011, na rua Leitão Cerqueira, no bairro José Walter.
'Luquinha', que segundo Romagnoli é envolvido com o tráfico de drogas, executou a vítima por causa de uma dívida.
O crime contou ainda com a participação de um comparsa de 'Luquinha', que de acordo com a Polícia, já está falecido.
Adolescente morto
Já Alex Bandeira da Silva, 27, conhecido como 'Zói', é investigado pela morte do adolescente Rafael Marques de Souza, à época com 15 anos, em dezembro de 2012 no bairro Passaré, às vésperas do Natal daquele ano. O jovem, que era autista, foi morto na calçada de casa.
As investigações da Polícia apontam que Alex nutria uma rixa com um outro homem, devido ao furto de uma bicicleta. Na madrugada do dia 23 de dezembro, o suspeito discutiu na rua Belos Portos com o outro homem, e em dado momento, sacou uma arma. Ao tentar atingir o desafeto, acabou acertando um tiro no tórax de Rafael, que teve morte imediata. Desde então, o suspeito estava foragido.
Alex foi preso enquanto trabalhava em um canteiro de obras, no bairro Castelão. Ele já é conhecido da Polícia e responde por dois crimes de roubo, dos quais um já foi, inclusive, condenado.
Prisão em blitz
Por fim, o diretor adjunto da DHPP apresentou a prisão de Leandro Lima da Silva, 32, conhecido como 'Corcoran'.
De acordo com o delegado, no dia 28 de setembro de 2013, Leandro assassinou a tiros a vítima Alisson Pacheco de Lima, na Rua B, no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza.
Segundo as investigações policiais, 'Corcoran' efetuou os disparos e era garupeiro da motocicleta guiada por Wendley Galdino Oliveira, que também já se encontra preso.
Leandro foi capturado durante "blitz barreira" realizada no último dia 3 na localidade de Jaçanaú, em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Na ocasião, os policiais constataram que constava contra o suspeito mandado de prisão em aberto representado pela DHPP, sendo conduzido à Divisão pelos policiais.
Resultados
Para Ricardo Romagnoli, as prisões apresentam sinais dos resultados esperados pela população dos investigadores policiais.
"É interessante ressaltar que estes crimes foram realizados de 2011 até este ano. Isso demonstra que estamos trabalhando para dar respostas acerca de todos os homicídios cometidos. Contamos sempre com a colaboração da população na identificação dos suspeitos", enfatizou.
Levi de Freitas
Repórter
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Fonte: Diário do Nordeste
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