JONAL DA IBIAPABA VERDADEIRAMENTE IMPARCIAL

JONAL DA IBIAPABA VERDADEIRAMENTE IMPARCIAL
DE SEGUNDA A SEXTA AO MEIO DIA NA 101.5 IBIAPABA FM SÃO BENEDITO CEARÁ COM JÚNIOR XIMENES EDINARDO PINTO E WILIAM LOPES

Destaques

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

SUPERAÇÃO E FÉ: Mãe de homem que nasceu com a cabeça virada para trás conta luta para criar o filho

Postado por Junior Ximenes, em 02 de setembro de 2014

Luísa Lucciola
Claudio no encontro com o Papa João Paulo II
Claudio no encontro com o Papa João Paulo II Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira de Oliveira


Ao fim de um parto complicado, aos 37 anos, a baiana Maria José Vieira perguntou sobre seu filho e ouviu um conhecido anunciar: “Ih, ele já morreu”. A previsão sobre o menino estava errada, mas não era infundada. Claudio Vieira de Oliveira nasceu em Monte Santo, no interior da Bahia, com artrogripose congênita, doença rara que deixou seus membros deformados e sua cabeça virada para trás permanentemente. Para ela, a chave da educação e da independência do menino foi criá-lo de igual para igual com seus outros cinco filhos.
— O Claudio é assim de bem com a vida porque eu, seus irmãos e seu pai antes de morrer, todo mundo em casa trata ele normal. Ninguém tem peninha. Se precisar dar bronca, dou igual aos outros — explica a mãe, hoje com 70 anos. — Sempre levava ele para tudo que é canto, ele cresceu vendo gente, e todo mundo vendo ele também. Ele cresceu cercado de muito amor, isso que evita que ele tenha complexo — acredita.
Claudio no Rio de Janeiro
Claudio no Rio de Janeiro Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira de Oliveira
Discriminação
Apesar da criação ser a mais normal possível, Maria José temia que da porta para fora o menino não recebesse o mesmo tratamento. Foi isso que atrasou a alfabetização de Claudio, que tem 37 anos.
— Tinha medo que os meninos machucassem, que não aceitassem. Resolvi fazer um sacrifício e botar ele numa escolinha particular que tinha aqui na cidade. Costurava manhã, tarde e noite para conseguir pagar — recorda.
Claudio com seu ídolo, Zico
Claudio com seu ídolo, Zico Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira
— Eu tive que lutar aqui na minha casa para me matricular numa escola pública. Conversamos com os diretores, os professores. Mas consegui entrar e fiquei até o fim do Ensino Médio — diz Claudio.
Hoje, apesar de seu filho viajar com regularidade — ele trabalha dando palestras motivacionais —, Maria José não teme mais que ele seja vítima de discriminação, porque “todo mundo por aí sempre gosta dele”. Para a aposentada, católica, uma das maiores emoções que seu filho lhe trouxe foi o encontro com o Papa João Paulo II e o Papa Francisco.
Claudio nasceu com artrogripose congênita e foi desacreditado pelos médicos
Claudio nasceu com artrogripose congênita e foi desacreditado pelos médicos Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira
— Eu já ouvi relatos de outras pessoas com necessidades especiais que viviam ou vivem diferentes das demais. Vivem num mundo fechado. A pessoa sente a discriminação, o preconceito. Eu fui diferente. Desde cedo fui motivado por muitas pessoas da minha família, principalmente minha mãe — diz Claudio.


Fonte: http://extra.globo.com

0 comentários:

Postar um comentário