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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

LATROCÍNIO: Dupla que matou padre aguarda julgamento

Postado por JUNIOR XIMENES, em 13 de outubro de 2014

Um dos acusados do crime fugiu do presídio, em abril deste ano e ainda não foi recapturado pela Polícia

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O padre Elvis Marcelino de Lima, que era diretor do Centro Educacional da Juventude Padre João Piamarta, foi assassinado com um tiro nas costas
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Ednardo Alves dos Santos, 23, o 'Tinardo',continua detido e teve pedido de liberdade negado
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Réris Silva dos Santos, 21, escapou do presídio durante fugam em massa, em abril deste ano, e continua foragido
Já se passou um ano e três meses desde que o padre Elvis Marcelino de Lima, então com 47 anos, foi vítima de um latrocínio (roubo seguido de morte) nas proximidades do Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura, na Praia de Iracema. Os dois acusados do crime, os irmãos Réris Silva dos Santos, 21; e Ednardo Alves dos Santos, 23, o 'Tinardo', ainda aguardam julgamento. Réris, inclusive, fugiu da Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL) II, no último dia 4 de abril e é procurado pela Justiça.
Noite de 13 de julho de 2013. O padre Elvis Marcelino de Lima, então com 47 anos, saía de uma apresentação de quadrilhas nas proximidades do Centro Dragão do Mar, em Fortaleza. O passeio, entretanto, não teria volta.
O sacerdote foi uma das pessoas 'filmadas' pelos ladrões, como eles confessaram aos policiais depois da prisão. Padre Elvis foi o escolhido pelos assaltantes naquela noite. Ao aproximar-se do carro, foi abordado pelos irmãos Réris e 'Tinardo'.
Segundo testemunhas, o padre relutou a obedecer a ordem de entrar no veículo, temendo ser vítima de sequestro-relâmpago. Entregar R$ 250,00 aos assaltantes foi um dos seus últimos atos. Em seguida, foi atingido com um tiro nas costas e morreu no local.
Investigação
Com a notícia do crime, uma equipe da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) foi acionada e começou a investigar o caso. Testemunhas declinaram o apelido de um dos acusados para os policiais ainda no local do crime. Ao ouvir que 'Tinardo' seria um dos executores do padre, os inspetores e delegados da DHPP passaram a fazer buscas nos locais aonde eles eram vistos com frequência.
Um deles era próximo de onde eles roubaram e mataram o padre, uma espécie de ponto de apoio da dupla, após os assaltos que eles praticavam na região, principalmente, nos fins de semana. A dupla, que morava no Distrito de Camará, no município de Aquiraz, foi procurada também na residência dos pais, mas não foi encontrada. Os irmãos Réris e Ednardo foram presos menos de dois dias depois do crime por policiais da DHPP e confessaram o crime. Disseram também que, após roubar e matar o padre, foram "comemorar" os assaltos em uma festa de forró no município de Eusébio. Segundo a Polícia, 'Tinardo' foi preso na localidade de Pedras, em Messejana, perto do Posto Fiscal da Secretaria da Fazenda (Sefaz), na BR-116.
Réris acabou detido a caminho da DHPP, onde tinha marcado encontro com um advogado. Ele confessou aos policiais ter atirado, mas disse que não quis atingir a vítima. Confirmou, ainda, que depois de tomar um segundo veículo de assalto, se desfez da arma utilizada para matar o padre Elvis, na Avenida Dom Manuel, proximidades do Banco Central, onde o carro do sacerdote foi abandonado.
Processo
Após as confissões, os dois foram indiciados por latrocínio e depois denunciados, no dia 19 de agosto, pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). O Juízo da 16ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza aceitou a denúncia ofertada pelo MP.
No dia 26 de agosto último, Ednardo dos Santos foi ouvido pela Justiça. Na ocasião, o representante do MP requereu que seja oficiada a Delegacia de Capturas e Polinter (Decap) para que faça buscas objetivando recapturar Réris, que está foragido desde abril.
A Justiça também negou o pedido de relaxamento de prisão de Ednardo, em 8 de setembro. "Nestas condições, considerando o que dos autos consta, bem como o lúcido parecer Ministerial retro, hei por bem indeferir o pedido de relaxamento de prisão, por ainda permanecerem os motivos que autorizam a decretação da medida extrema, devendo-se, por isso, o mesmo permanecer enclausurado na prisão onde se encontra, até ulterior deliberação da Justiça, a fim de que produza seus jurídicos e regulares efeitos", afirmou o Juízo da 16ª Vara Criminal. No início de setembro também, as partes apresentaram alegações finais e o processo está concluso para sentença desde o último dia 19.
Emerson Rodrigues / Levi de Freitas
Editor/Repórter

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