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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

GAROTAS QUE ESFAQUEARAM MÉDICA NO CEARÁ IRIAM COMPRAR DROGAS, DIZ JUIZ

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Faca usada para ferir médica tinha o nome da adolescente grafado no cabo (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
As adolescentes de 13 e 14 suspeitas de assaltar e esfaquear uma médica em Fortaleza estão em um abrigo para menores infratores. Outra criança, de 11 anos, que também participou da infração, voltou para a família após ser ouvida por policiais. O caso será encaminhado nesta quarta-feira para Vara da Infância do Fórum Clóvis Beviláqua. Se em 45 dias não for julgado, as adolescentes serão liberadas.

“Elas disseram que abordaram a vítima com uma faca e a vítima não queria entregar os pertences. Com essa reação, e também com uma mordida, que a vítima teria dado nelas, essa menina que deu a facada resolveu agredir”, diz o juiz Manoel Clistenes, responsável pelo caso, da 5ª Vara da Criança e do Adolescente.

Em depoimento ao juiz, as adolescentes afirmaram que o dinheiro assaltado da médica seria para comprar roupas, hipótese que ele descarta. "Pela experiência que a gente tem aqui, provavelmente seria para comprar drogas. Elas dizem que não estavam sob efeito de drogas, mas a gente acredita que sim. O perfil delas é de quem está comprometido com o uso de drogas”, diz.

O caso foi recebido pelo Juizado da Infância e da Juventude e em seguida deve ser encaminhado para a Vara da Infância. O juiz Manoel Cristenes optou pela privação de liberdade das adolescentes e internação de 45 dias.

A menina de 11 anos não pode ser punida já que, de acordo com a Constituição Federal, a idade mínima para cumprir uma punição é de 12 anos. As meninas de 11 e 14 são irmãs e a garota de 13 é amiga das outras duas. Elas moram na favela do Coco, próxima ao local do crime.

“Elas passam a maior do dia totalmente à mercê da vontade delas em uma comunidade altamente perigosa, cercada por traficante de drogas, assaltantes, pessoas envolvidas na criminalidade de todos os gêneros.”

Na opinião de Clistenes, há "uma forte possibilidade" de que elas possam voltar a cometer crimes, caso não haja uma programa de recuperação das crianças. 

"Lamentavelmente como a gente não tem um grande projeto social voltado para pessoas que estão envolvidas em situações de risco, como essa menina está, também não temos ações preventivas, há uma possibilidade muito grande de essa menina voltar à delinquência."
Uma das adolescentes assumiu o crime, segundo a polícia (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)

Apreensão
As adolescentes foram apreendidas na segunda-feira (7) suspeitas de terem agredida a médica Larissa Amorim na tarde de sábado (5), na Praia do Futuro. Larissa foi ferida com duas facadas, uma delas perfurou o pulmão, e passou por uma cirurgia.

Larissa Amorim foi assaltada quando voltava para casa e se dirigia ao carro dela, estacionado na Praia do Futuro, área turística de Fortaleza. Ela foi socorrida por amigas e levadas a um hospital particular. Ela teve bolsa e celular roubados e foi ferida mesmo sem reagir ao assalto, segundo testemunhas.

"O sentimento vai muito além da indignação. Ele é uma mistura de vários sentimentos, o primeiro é de revolta, depois vem a insegurança, a impotência, a gente se sente refém", diz o pai da médica, Tibério Amorim.

AUTOR: G1/CE

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