05 de fevereiro de 2014
Conforme o superintendente do hospital, apenas as tomografias eletivas, aquelas que não são urgentes, foram afetadas pelo problema
FOTO: ALEX COSTA
O único tomógrafo do Instituto Dr. José Frota (IJF), no Centro, que ainda operava está há cinco dias sem funcionar. O aparelho da marca Siemens, com menos de um ano de uso, tem uma das peças quebradas. Os pacientes em situação grave são encaminhados para o Hospital da Mulher, onde o exame é realizado.
A operadora de Tecnologia da Informação, Dalila Maria Andrade da Silva, 35, que acompanha um paciente internado no IJF, afirma ter ouvido, dos próprios médicos, relatos dos prejuízos devido à falta do aparelho. "Encontrei médico dizendo que não podia dar alta a alguns pacientes porque precisava do laudo da tomografia e não tinha como conseguir", conta.
De acordo com o superintendente do hospital, Walter Frota, o tomógrafo quebrou na última sexta-feira (31). Desde então, todos os pacientes em estado grave são levados, de ambulância, para o Hospital da Mulher, onde a equipe de tomografia do IJF está de plantão. "Nenhum paciente em estado grave foi afetado, o prejuízo é apenas para as tomografias eletivas, que são casos em que o paciente pode esperar pelo exame", explica Walter.
A assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde informou que o Hospital da Mulher possui um tomógrafo que realiza, em média, 20 exames por dia. Nos últimos cinco dias, a unidade realizou 150 tomografias extras para atender os pacientes do outro hospital.
Segundo o superintendente do IJF, a peça substituta do aparelho chegou na segunda-feira (3) de São Paulo, e foi levada no mesmo dia ao hospital. No entanto, o técnico responsável pela manutenção do equipamento não conseguiu resolver o problema. Uma nova visita do técnico estava prevista para ontem. Segundo Frota, o tomógrafo tem sido suficiente para suprir a demanda diária de exames dessa categoria no IJF.
Sem manutenção
Além desse tomógrafo, o hospital possui outros dois aparelhos do tipo, da marca Philips, mas que estão paralisados há, pelo menos, seis meses. "São equipamentos muito antigos e que não vinham recebendo manutenção. Além disso, é difícil encontrar peças para eles", diz Frota.
Problemas financeiros do hospital com a empresa responsável pelos aparelhos teriam dificultado a manutenção das máquinas. "Há cerca de 15 dias, conseguimos retomar o contrato com a Philips, trazendo a possibilidade de esses dois tomógrafos voltarem a funcionar ainda este ano".
Fonte: Diário do Nordeste
